História do Brasil (N. 189) Parceria: O Porta-Voz e Painel do Coronel Paim

domingo, 26 de abril de 2009

Golpe Militar de 1964 (Wikipédia)

Este artigo é parte da série
Ditadura militar no Brasil
1964 - 1985
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O Golpe Militar de 1964 designa o conjunto de eventos ocorridos em 31 de março de 1964 no Brasil, e que culminaram no dia 1º de abril em um Golpe de Estado, que interrompeu por meio da força o governo do presidente João Belchior Marques Goulart, também conhecido como Jango, que havia sido democraticamente eleito vice-presidente pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) – na mesma eleição que conduziu Jânio da Silva Quadros à presidência pela União Democrática Nacional (UDN). Jânio renunciou ao mandato no mesmo ano de sua posse (1961) e quem deveria substituí-lo automaticamente e assumir à Presidência era João Goulart, segundo a Constituição vigente à época e promulgada em 1946. Porém este se encontrava em uma viagem diplomática na República Popular da China. Com este pretexto, militantes de direita, já sabedores do Golpe que se aproximava, acusaram Jango de ser comunista e o impediram de assumir seu legítimo lugar como mandatário no regime presidencialista.

Depois de muita luta e negociação, pricipalmente de seu cunhado Leonel de Moura Brizola, na época governador do Rio Grande do Sul, os apoiadores de Jango e a oposição acabaram fazendo um acordo político pelo qual se criaria o regime parlamentarista, passando então João Goulart a ser chefe-de-Estado. Em 1963, porém, houve um plebiscito e o povo optou pela volta do regime presidencialista. João Goulart, finalmente, assume a presidência da República com amplos poderes. O Golpe de 1964 submeteu o Brasil a uma ditadura militar alinhada politicamente com os interesses dos Estados Unidos da América, que durou até 1985, quando, indiretamente, foi eleito o primeiro presidente civil desde 1964, Tancredo Neves.

Alguns, entretanto, consideram-no um movimento político de duplo escopo, surgido do temor (jamais comprovado) do expansionismo comunista (o chamado perigo vermelho) e do desejo de desenvolvimento nacional, que administrou o país por meio de uma ditadura e que, por um lado, teria impedido a implantação de um regime totalitário de esquerda e, por outro, seria responsável pelo Brasil ter se tornado uma das maiores economias do mundo, graças ao apoio financeiro norte-americano, embora, aos custos da contração de uma enorme dívida externa e de índices inflacionários altíssimos nas décadas de 1970 e 1980, além do aumento da dependência do Brasil em relação aos Estados Unidos da América, e ainda de um grande empobrecimento da população brasileira.